É bem assim:
Ladeira do pelourinho eu não gosto de passar
Lá viveram grandes mestres saudade me faz lembrar
Ao passar na rua Alfredo Brito que fica ali no pelourinho
Foi lá que vi um velho triste sentado em um banquinho
Eu me aproximei dele fiquei sem jeito pra falar
Velho mestre o que foi que aconteceu
Ele me respondeu chorando
Mestre Bimba morreu
Perguntei qual é seu nome
Ele então me respondeu
O meu nome é Pastinha
Na roda era Bimba era Eu
Hoje se encontra Bimba e Pastinha na casa do grande Deus
Camaradinha
Iê viva meu Deus
Iê viva meu Deus, camará
Esse foi meu primeiro contato com a capoeira e, então, comecei a treinar. Eu não ia muito para as rodas de capoeira, porque sempre aconteciam no momento em que eu estava trabalhando, mas com o tempo passei a frequentar. Escapava do serviço e ia treinar ou jogar quando era dia de roda. Teve um tempo que a casa tava cheia e quase num tinha espaço pra treinar na quadra de cima. Então, eu olhei na quadra de baixo e tinha um cara treinando pesado lá... e resolvi me aproximar e perguntei assim: por que você está treinando aí? E seus movimentos são muito diferentes!!! Ele então me disse: é capoeira angola. Aí eu perguntei de novo: eu posso treinar com você? Então, ele sem muito interesse disse: tudo bem, mas é muito diferente do seu treino lá com o mestre. Eu disse: tudo bem, eu gosto da maneira que você treina! Aí ele disse: você treina comigo então, mas venha preparado pra treinar!!! O cara não gosta muito de conversar, mas o treino dele é muito bom!!!
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